ATA DA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 10.12.1997.

 


Aos dez dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e trinta minutos foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Cláudio Sebenelo, Cyro Martini, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Renato Guimarães e Tereza Franco. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Anamaria Negroni, Carlos Garcia, Clênia Maranhão, Décio Schauren, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, João Carlos Nedel, Lauro Hagemann, Nereu D'Ávila, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol e Sônia Santos. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Carlos Garcia, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Cyro Martini, as Emendas nºs 01, 02, 03 e 04 ao Projeto de Lei do Executivo nº 61/97 (Processo nº 3676/97); pelo Vereador Eliseu Sabino, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Hélio Corbellini, a Emenda nº 03 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 19/97 (Processo nº 2545/97); pelo Vereador João Dib, a Emenda de Liderança nº 07 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 06/97 (Processo nº 482/97); pelo Vereador Jocelin Azambuja, subscrita pelo Vereador Luiz Braz, a Emenda nº 02 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 19/97 (Processo nº 2545/97); pelo Vereador Reginaldo Pujol, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Executivo nº 07/97 (Processo nº 925/97) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 211/97 (Processo nº 3619/97). Ainda, foi apregoado o Ofício nº 552/97, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, informando que o Senhor Vice-Prefeito se ausentará do Município nos dias onze e doze de dezembro do corrente, a fim de participar da Reunião Nacional do Partido dos Trabalhadores, a ser realizada em Brasília/DF. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Eliseu Sabino, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Jocelin Azambuja, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura e Esportes. A seguir, constatada a existência de "quorum", foi iniciada a ORDEM DO DIA e foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Gerson Almeida, solicitando alteração na ordem de votação da matéria a ser apreciada, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Luiz Braz, Gerson Almeida, João Dib e Elói Guimarães. Na ocasião, o Senhor Presidente, face à Questão de Ordem suscitada pelo Vereador João Dib, prestou esclarecimentos acerca da matéria a ser votada na Ordem do Dia. Tam<D>bém, o Senhor Presidente informou que o Vereador Clovis Ilgenfritz encontra-se no município de Ijuí, face à enfermidade de seu pai, Senhor Rubem Kessler da Silva. A seguir, iniciou-se a votação dos Requerimentos. Foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Gerson Almeida, solicitando que o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 11/97 seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes. <MOLD=2 pt><MF=27 mm><PF=12 mm><LF=164 mm><AF=261 mm>Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Antonio Hohlfeldt, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Gilberto Batista, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura e Esportes. Foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Gerson Almeida, solicitando que o Projeto de Lei do Executivo nº 57/97 seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes, por quatorze votos SIM, dez votos NÃO e duas ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Dib, Juarez Pinheiro e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pelo Vereador Jocelin Azambuja, tendo votado Sim os Vereadores Antônio Losada, Cyro Martini, Décio Schauren, Elói Guimarães, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Pedro Ruas e Renato Guimarães, Não os Vereadores Cláudio Sebenelo, João Carlos Nedel, João Dib, Luiz Braz, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Sônia Santos, Tereza Franco, Gilberto Batista e Jocelin Azambuja e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Carlos Garcia e Hélio Corbellini. Foi aprovado o Requerimento nº 295/97 (Processo nº 3695/97 - oitiva da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, a fim de ser interpretado o artigo 119 da Lei Orgânica do Município), de autoria do Vereador João Dib. Foi aprovado o Requerimento nº 292/97 (Processo nº 3650/97 - Moção de Solidariedade ao Padre Antônio Lauri de Souza, em virtude da instituição do Centro de Formação Profissional e Casa Família pela Associação Protetora da Infância), de autoria do Vereador Cyro Martini. Foi aprovado o Requerimento nº 293/97 (Processo nº 3661/97 - Moção de Solidariedade ao Senhor Ministro de Estado da Reforma Agrária, pela tentativa de invasão de seu gabinete), de autoria do Vereador Cláudio Sebenelo. Foi aprovado o Requerimento nº 291/97 (Processo nº 3625/97 - Moção de Apoio à Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento, pela luta contra a aprovação do Projeto de Lei 266), de autoria do Vereador Guilherme Barbosa, após ser encaminhado à votação pelo Autor. Na ocasião, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Clovis Ilgenfritz, solicitando Licença para Tratamento de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossada na vereança a Suplente Maristela Maffei, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Também, foi apregoada a Emenda nº 04, de autoria do Vereador Carlos Garcia, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 04/97 (Processo nº 836/97). Após, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Renato Guimarães, adendado pelo Vereador Cláudio Sebenelo, solicitando alteração na ordem de votação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 54/97, com ressalva da Mensagem Retificativa a ele aposta, por vinte e seis votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Jocelin Azambuja, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo (este com Declaração de Voto), Cyro Martini, Décio Schauren, Elói Guimarães, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, João Carlos <MOLD=2 pt><MF=27 mm><PF=12 mm><LF=164 mm><AF=261 mm>Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Renato Guimarães, Sônia Santos, Tereza Franco, Gilberto Batista, Jocelin Azambuja e Maristela Maffei e Não os Vereadores Nereu D'Ávila e Reginaldo Pujol. Após, foi aprovada a Mensagem Retificativa aposta a este Projeto. Na oportunidade, o Vereador João Dib registrou estar se retirando do Plenário, a fim de acompanhar o processo de desocupação de área localizada na Avenida Loureiro da Silva. Na ocasião, o Senhor Presidente, face às Questões de Ordem suscitadas pelos Vereadores Cláudio Sebenelo e Gerson Almeida, prestou esclarecimentos sobre o modo como estão sendo conduzidos os trabalhos da presente Sessão e sobre o processo de desocupação referido anteriormente pelo Vereador João Dib. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 183/97, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, João Carlos Nedel, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Tereza Franco, Gilberto Batista, Jocelin Azambuja e Maristela Maffei. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 27/97. Na ocasião, foram apregoadas as Emendas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 06/97, de nºs 08, de autoria do Vereador Lauro Hagemann, 09, de autoria do Vereador Nereu D'Ávila, 10 e 11, de autoria do Vereador Gerson Almeida, 12, de autoria do Vereador Fernando Záchia, e a Subemenda nº 01, de autoria do Vereador João Carlos Nedel, subscrita pelo Vereador João Dib, à Emenda nº 01 do mesmo Projeto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 19/97, com ressalva das Emendas a ele apostas, por vinte e quatro votos SIM, dois votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos Vereadores Jocelin Azambuja, Elói Guimarães, Carlos Garcia e Gilberto Batista e encaminhado à votação pelos Vereadores Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol e Nereu D'Ávila, em votação nominal solicitada pelo Vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os Vereadores Anamaria Negroni, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cyro Martini, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Tereza Franco, Gilberto Batista, Jocelin Azambuja e Maristela Maffei, Não os Vereadores Gerson Almeida e Pedro Ruas e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Adeli Sell, Cláudio Sebenelo, Décio Schauren, Juarez Pinheiro e Nereu D'Ávila. Após, foram aprovadas as Emendas nºs 01, 02 e 03 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 19/97. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Pedro Ruas, solicitando alteração na ordem de votação da matéria constante na Ordem do Dia. Na ocasião, o Senhor Presidente indeferiu Requerimento verbal do Vereador João Dib, solicitando o uso do Tempo Especial previsto na alínea "f " do § 1º <MOLD=2 pt><MF=27 mm><PF=12 mm><LF=164 mm><AF=261 mm>do artigo 94 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 24/97, por onze votos SIM, dezenove votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser discutido pelos Vereadores João Dib, Pedro Ruas e Fernando Záchia, em votação nominal solicitada pelo Vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os Vereadores Anamaria Negroni, Cláudio Sebenelo, Fernando Záchia, João Carlos Nedel, João Dib, Luiz Braz, Reginaldo Pujol, Sônia Santos, Tereza Franco, Gilberto Batista e Jocelin Azambuja, Não os Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cyro Martini, Décio Schauren, Elói Guimarães, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Ruas, Renato Guimarães e Maristela Maffei e tendo optado pela Abstenção o Vereador Pedro Américo Leal. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 24/97, os Vereadores Cláudio Sebenelo, Nereu D'Ávila e Pedro Américo Leal cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos Vereadores João Dib, Pedro Ruas e Fernando Záchia. Na ocasião, o Senhor Presidente, face à Questão de Ordem suscitada pelo Vereador Gerson Almeida, destacou a necessidade do Orador da tribuna ater-se ao assunto em discussão e, face à Questão de Ordem do Vereador Luiz Braz, prestou informações sobre o tempo de duração da presente Sessão. Ainda, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Paulo Brum, solicitando alteração na ordem de votação da matéria constante na Ordem do Dia. Após, foram apregoadas a Emenda nº 13, de autoria do Vereador Reginaldo Pujol, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 06/97 (Processo nº 482/97), e a Emenda nº 05, de autoria do Vereador Gerson Almeida, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 04/97 (Processo nº 836/97). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 37/97, por dezoito votos SIM, após ser discutido pelo Vereador João Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Dib, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cyro Martini, Décio Schauren, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Gilberto Batista e Maristela Maffei. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Re<MOLD=2 pt><MF=27 mm><PF=12 mm><LF=164 mm><AF=261 mm>solução nº 41/97, que deixou ser apreciado face à inexistência de "quorum", constatada através de verificação solicitada pelo Vereador João Dib. Na ocasião, os trabalhos estiveram suspensos das doze horas e quarenta e três minutos às doze horas e quarenta e quatro minutos. Às doze horas e quarenta e cinco minutos, constatada a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de hoje, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Reginaldo Pujol, Paulo Brum e Guilherme Barbosa e secretariados pelos Vereadores Paulo Brum, Guilherme Barbosa e Adeli Sell, este como Secretário "ad hoc". Do que eu, Paulo Brum, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Estão abertos os trabalhos.

O Ver. Eliseu Sabino solicita licença-saúde no dia 10.12.97.

A Mesa declara empossado o Suplente Jocelin Azambuja em substituição ao Ver. Eliseu Sabino, nos termos regimentais.

O Ver. Jocelin Azambuja integrará a Comissão de Educação Cultura e Esportes.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro, de acordo com reunião realizada na semana que passou entre a Mesa e as Lideranças, que votemos, em primeiro lugar, os Requerimentos, e, depois, passemos à discussão dos Projetos.

 

O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Quais são os Requerimentos?

 

(O Sr. Secretário lê os Requerimentos.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a palavra, para encaminhar o Requerimento do Ver. Gerson Almeida.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a maioria dos processos, Ver. João Dib, que estão para ser votados, os Vereadores desta Casa não conhecem. Nós desconhecemos. Os Projetos chegaram praticamente agora.

Ontem, por exemplo, eu recebia no meu gabinete uma comissão de funcionários da Educação, pedindo para que eu assinasse algumas emendas para o Projeto do Ver. José Valdir. Eu não pude aceitar esse pedido que me faziam algumas pessoas ligadas ao campo da educação, porque eu não conhecia o Projeto da Educação. E o Projeto está para ser votado.

O Projeto dos transportes - que é um projeto extremamente importante e é enorme - está aí praticamente sem ninguém conhecê-lo. São raríssimos os Vereadores que conseguiram ler uma vez o Projeto. E vai ser votado, Ver. Pedro Américo Leal, até o dia 15. E o pior é que os Vereadores poderão aprovar algo que não conhecem. Eu tenho certeza absoluta, posso perguntar para a maioria dos Vereadores, sobre o Projeto da Educação, sobre o Projeto dos Transportes e sobre vários projetos, que não vão conhecer, não estão conhecendo.

Com relação ao Projeto da Saúde, a nossa Bancada, pelo menos, deu a incumbência para a Vera. Sônia Santos, que está, há mais ou menos duas semanas, estudando o Projeto da Saúde. A Bancada do PTB tem condições de votar o Projeto da Saúde orientada pela Vera. Sônia Santos. Estou falando isso porque estou vendo cartazes pedindo as reformas no campo da saúde.

Mas o Executivo Municipal poderia, pelo menos, entrar em contato com as Lideranças desta Casa e combinar, quem sabe fazendo uma extraordinária, porque os Vereadores estão aqui e podem ser convocados para Sessão Extraordinária a qualquer momento, mas com um pouco mais de tempo, com tempo suficiente para que os Vereadores possam tomar conhecimento dos processos. Agora, o que quer fazer a Liderança do PT - e penso que nós não podemos aceitar - é inverter a ordem dos trabalhos para que nós votemos os Requerimentos vamos ficar pressionados para votar matérias que não conhecemos, Ver. Pedro Américo Leal. Eu me nego a votar matéria que não conheço. É claro que vamos aceitar e aprovar algum Requerimento de urgência por se tratar de Projeto que já conhecemos, agora, como vamos votar urgência para votar Projetos que não conhecemos se temos um prazo até o dia quinze de dezembro? Cada um desses Projetos pode demandar até uma semana de estudo para podermos conhecer o mínimo possível para termos condições de votá-los.

Ver. Gerson Almeida, eu pediria a V. Exa. para que retirasse esse seu Requerimento tentando inverter essa ordem dos trabalhos para votarmos agora os Requerimentos de urgência, porque vamos fazer uma ação contra o Município, Ver. Elói Guimarães. Talvez V. Exa. que é um conhecedor da área dos transportes conheça o Projeto que está aí nessa área, mas são raríssimos os Vereadores que os conhecem. Acredito que V. Exa. não conheça o Projeto que está aí na área da educação e deve ser votado até o dia quinze. Está aí também um Projeto para ser votado na área da saúde e a Bancada do PTB só tem condições de votar porque a Vera. Sônia Santos foi designada para estudar o Projeto e vou votar segundo a sua orientação, mas a maioria dos Vereadores da Casa também não conhece esse Projeto.

Vamos votar matérias, Ver. Cláudio Sebenelo, que desconhecemos. Então, vamos votar urgência para aquilo que conhecemos e vamos limpar a Pauta, mas aquilo que não conhecemos vamos deixar para votar depois, para que tenhamos tempo de ler todos os Projetos. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: (Lê a Emenda de Liderança nº 07, de autoria do Ver. João Dib, ao Processo nº 0482/97, PLL nº 006/97, art. 9º, inciso I, acréscimo de alínea "m".)

O Ver. Gerson Almeida está com a palavra para encaminhar seu Requerimento.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores; em primeiro lugar, de fato, o Ver. Luiz Braz tem razão em várias questões que abordou da tribuna. Esses Projetos chegaram nos últimos dias e não são de domínio de boa parte da Câmara e das Bancadas. Não há dúvida, não há o que contestar.

No entanto, isso não é uma novidade. No final do ano é natural que vários Projetos importantíssimos venham para a Ordem do Dia, inclusive Projetos de Vereadores. Há 41 Projetos sob a égide do art.81 e grande parte deles têm sequer Parecer das Comissões, mas não estão impedidos de ir para a Ordem do Dia.

Quero deixar claro que não se está fazendo nada que não seja normal e usual nesses períodos de final de ano legislativo.

Em segundo lugar, é importante deixar claro, também, que, como usualmente acontece, o Presidente da Câmara Municipal, em reunião, na semana passada, com as Lideranças de todos os partidos, convocadas, discutiu exatamente como iríamos tratar essas últimas Sessões Legislativas. Estamos realizando um esforço concentrado, esta Sessão mesmo, é uma Sessão Extraordinária e conta com a presença da esmagadora maioria dos Parlamentares para que evitemos a convocação durante o recesso.

Para isso, eu, na condição de Líder da Bancada Governista, apresentei um rol de 6 ou 7 Projetos, que são de interesse do Executivo e da nossa Bancada, em condições de ir para a Ordem do Dia. Esse foi o acordo estabelecido entre a Presidência da Câmara e as Bancadas para criarmos as condições legislativas para que esses Projetos possam ser incluídos na Ordem do Dia em condições de voto.

O Requerimento que ora estou encaminhando busca estabelecer o cumprimento do acordo feito. Por isso, peço o apoio de todos os Senhores Vereadores para que possamos colocar em prática o já mencionado acordo e que não foi contestado à época. O Ver. Luiz Braz foi, inclusive, um Vereador presente em toda a reunião e empenhou o seu compromisso com o acordado.

Nesse sentido, ao votarmos esse Requerimento, espero que consigamos as condições necessárias para votarmos Requerimentos de urgência daqueles Projetos. Isso, é claro, sem nenhum compromisso, pois as Bancadas não podem votar aquilo que desconhecem, que não concordem ou que não tenha havido suficiente debate da matéria.

Então é nesse sentido, e tão-somente nesse sentido, que o Requerimento foi apresentado e que solicito os votos dos Senhores Vereadores para, assim, cumprir o que foi estabelecido entre as Bancadas e a Presidência da Casa.

O debate ou mérito dos Projetos não podem, naturalmente, ser substituídos por nenhum Requerimento de inversão de pauta e cada Vereador ou Bancada tem reservado o seu posicionamento próprio.

Reafirmo que este Requerimento tem o único objetivo de assegurar condições para que as matérias que são relevantes para o Município possam ser apreciadas.

O compromisso com o voto e a posição de cada Bancada tem seu ritmo próprio. Agora, se não votarmos esse Requerimento, naturalmente, aquele acordo não poderá ser seguido. Para isso, então, gostaríamos de obter a concordância do Ver. Luiz Braz e demais Lideranças para votarmos os Requerimentos de urgência.

Vamos colocar à disposição dos Senhores Vereadores todos os subsídios necessários para que os projetos tenham condições de ser votados. Portanto, cada Vereador é livre para votar conforme a sua consciência. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar o Requerimento.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Hoje começo muito mal o dia, começo irritado com a Administração Municipal. E, se estou irritado, a minha tendência é votar contra tudo o que pretende a Administração Municipal, que sempre tem muita pressa e sempre atropela. Agora pela manhã, recebi um telefonema informando-me que, na Av. Loureiro da Silva nº 1865, o DMAE queria cortar a água de uma família que tinha a conta paga. Violência, pressa e atropelamento como estão fazendo neste Plenário. Não cortaram a água, porque houve a interferência do Ver. João Dib, mas já chegaram a SMOV, o DMAE e máquinas e querem demolir o prédio porque a Prefeitura se sente dona do mesmo. Há mais atropelamento, e atropelando estão aqui neste Plenário agora numa convocação extraordinária com Ordem do Dia definida. Então, que se comece pela Ordem do Dia na forma como foi proposta, não estou dizendo isso hoje, agora, apenas estou dizendo com irritação. Todos os dias falo, quando se pretende a inversão, que se comece na forma como foi distribuído para todos os Vereadores e na forma como está no Regimento da Casa; se não, não há razão de fazer convocação para Sessão Extraordinária. Para a Prefeitura tudo é extraordinário, como tentar demolir um prédio onde tem uma família na Av. Loureiro da Silva nº 1865, sempre atropelando como está fazendo no Plenário neste momento. Espero que nem a pretensão do PT no Plenário passe nem seja demolido o prédio 1865 na Av. Loureiro da Silva sem decisão judicial. A Prefeitura não pode continuar atropelando. Saúde e paz. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, para encaminhar.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu diria que a melhor posição a se adotar neste final de ano legislativo é nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Nós devemos, em face de uma série de questões que reclamam encaminhamentos, instrumentos legislativos à disposição do Prefeito, criar condições, mas, também, pedir tempo para que determinadas matérias sejam devidamente examinadas. É nesse sentido que estou encaminhando, pela Bancada do PDT, três pedidos de urgência à Mesa: o PASEP, a III Perimetral e o Projeto do Trânsito e Transporte, que é uma matéria de complexidade e que temos que examinar.

Quero deixar a minha posição de que há condições para se examinar o PASEP e a III Perimetral, Quanto ao Projeto do Trânsito, embora a necessidade que se tenha de entregar ao Executivo instrumentos para regrar este assunto, nós precisamos mais tempo, talvez uma convocação extraordinária da Câmara.

É nesse sentido que eu me inclino favorável, para que se examine o PASEP e a III Perimetral. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Requerimento): Sr. Presidente, conversando com algumas Lideranças e ouvindo o encaminhamento do Ver. Elói Guimarães, de parte da Bancada do Partido dos Trabalhadores, há concordância para que retiremos, nesta Sessão, o Requerimento de urgência para o projeto do novo modelo de gestão, para podermos votar os demais.

 

O SR. PRESIDENTE: Está em votação o Requerimento para a inversão da ordem dos trabalhos, que propõe que os Requerimentos sejam votados anteriormente aos Projetos que se encontram em pauta.

Em votação. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Srs. Vereadores, informamos que o Presidente da Casa, Ver. Clovis Ilgenfritz, encontra-se no Município de Ijuí, onde seu genitor está com sério risco de vida. Estamos aguardando o Requerimento de licença de S. Exa. para que possamos votá-lo.

(O Sr. 1º Secretário procede a leitura de Requerimentos que se encontram sobre a mesa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Gerson Almeida, solicitando que o PLE nº 57/97, Proc. nº 3490/97, seja apreciado em regime de urgência. O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Partido dos Trabalhadores. Será que merece este nome, um partido que apresenta um Projeto de Lei para retirar vantagens dos seus trabalhadores, conquistadas há três décadas? Eu não posso admitir que o Partido dos Trabalhadores, que comanda a Prefeitura Municipal e que tem a maior Bancada deste Plenário, peça urgência para a desvinculação da Prefeitura com o PASEP, através de um Projeto que entrou na undécima hora. Um Projeto que não foi debatido, não foi discutido e que já foi rejeitado por esta Casa. O que a Prefeitura pretende? Fazer com que aqueles servidores que ganham até dois salários mínimos recebam, como recebem, hoje, do PASEP todos os trabalhadores brasileiros, um salário mínimo. E como a Prefeitura paga para muito pouca gente dois salários mínimos, ela não vai ter que pagar nada para ninguém.

Mas o PASEP não é só esse salário mínimo pago para quem ganha até dois salários mínimos durante os doze meses. O PASEP é a formação de um fundo para quando o indivíduo, servidor municipal da Prefeitura de Porto Alegre, resolva casar, possa retirá-lo. Ou então, quando se aposenta, ele vai lá e tem um patrimônio à sua disposição. A Prefeitura quer retirar isso e quer fazê-lo com urgência, sem estudo.

Eu acho que o Partido dos Trabalhadores está com o nome trocado. Eu acho que cabe mais o Partido da Teimosia. O Projeto já foi rejeitado e volta sem novos dados. E quando da rejeição, da vez anterior, eu dizia: "quem sabe vem ao Plenário o Secretário da Fazenda, tão cioso do dinheiro da Prefeitura, e discute, orienta, informa por que vai fazer isso. Manda na undécima hora e tenta conseguir urgência para ser votado. Isto eu acho que é afronta, isto eu acho que é desonrar o nome que tem - Partido dos Trabalhadores. Saúde e paz.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós, na verdade, estamos aqui para discutir, não totalmente ou de forma precípua, o mérito desse Projeto, mas a possibilidade de que possamos fazer a discussão do mérito nesta Legislatura.

O Ver. João Dib colocou aqui, não vou dizer a inversão da verdade, mas omitiu dados. Quero dizer a V. Exas. que o PASEP é oriundo de uma lei de 1970 que obrigava que, para que ele fosse colocado em prática, houvesse uma Lei Municipal, a de nº 3358, concordando com essa iniciativa.

Acontece, Srs. Vereadores, e essa é questão fundamental, nobre Ver. Elói Guimarães, que o PASEP que contribuía para os servidores públicos do Município de duas modalidades: àqueles que ganhavam e ainda ganham até dois salários mínimos recebiam um salário mínimo anual e era depositado, também, em suas contas cotas de rendimento do PASEP.

Nobre Vereador Líder do PSDB, preste atenção nesse discurso, desde 1988, com a alteração do artigo 239 da Constituição Federal, nenhum centavo mais foi depositado na conta dos servidores públicos municipais. Por exemplo, aqueles servidores que foram admitidos a partir de 1988 não receberam nenhum centavo em suas contas, e o Ver. João Dib sabe disso.

Nós repassamos, no ano passado, mais de 4 milhões de reais para o PASEP, que depositou na conta dos servidores municipais em torno de 215 mil reais. Então, estamos passando para o Governo Federal mais de 3 milhões e 800 mil reais, sem que haja retorno, Srs. Vereadores. Como é que nós, Vereadores, desta Cidade, vamos concordar que o município, que está perdendo dinheiro com a Lei Kandir, que está perdendo dinheiro com o salário-educação, vá passar, sem retorno, para os cofres federais, mais de 3 milhões e 800 mil reais?

Ver. João Antônio Dib, Vereador inteligente, meu amigo, V. Exa. está completamente equivocado. Mas afora essa discussão que vamos fazer, estamos solicitando aos Vereadores que apenas permitam essa discussão de mérito, e que as coisas que o Ver. João Dib disse da tribuna, eu estou passando para os Srs. Vereadores, sejam cotejadas.

Quero dizer mais, Ver. Elói Guimarães, nós aceitamos qualquer Emenda ao Projeto, que diga que todos os direitos dos servidores, constantes do PASEP, permaneçam sob o advento da nova legislação.

Vamos continuar depositando - está na lei - o salário mínimo para aqueles que ganham até dois salários. E aqueles que têm contas, antes de 1988, a valorização daqueles recursos, a correção monetária está garantida pelo município. O que não podemos é passar mais de 3 milhões de reais para o Governo Federal, sem que esse dinheiro retorne para os servidores públicos municipais.

O nosso apelo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é no sentido de que se vote a urgência, e que esta discussão de mérito, que aqui travo com o Ver. João Antônio Dib, tenha oportunidade de ser verificada, quando da apreciação do Parecer e da votação do Projeto. Parece-me que é uma questão de responsabilidade nossa aprovar a urgência e fazer, posteriormente, a discussão. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Antonio Hohlfeldt solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje.

 

(Obs.: Foi aprovado o Requerimento de licença do Ver. Antonio Hohlfeldt e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar o Requerimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Eu pediria um minuto de atenção dos colegas. Observo que nós estamos agitados já nesse início da manhã e eu queria Ver. Pedro Américo Leal, já que V. Exa. e o Ver. João Carlos Nedel me honram com a audiência de propor uma breve equação.

Eu acho que nós já discutimos amplamente a necessidade ou não dessa correria de fim de ano, de se votar em urgência várias matérias etc., e aceitamos como uma realidade factual. Agora, relativamente a esse assunto, não há razão nenhuma, a menor razão que determine porque ele tenha que voltar a ser discutido por nós Vereadores, ser reencaminhado esse processo que já foi examinado por nós e rejeitado. Ele retorna no mês de dezembro, e nós aqui na correria vamos votar esse assunto que, na melhor das situações, é polêmico, que necessita o Ver. Juarez Pinheiro trazer explicações com as quais o Ver. João Dib discorda.

Então, Ver. Elói Guimarães, é um assunto muito sério, que não tinha razão nenhuma para estar discutindo isso agora. Vamos tirar isso da frente e vamos discutir as urgências, conceder as urgências dos outros assuntos, que, efetivamente, deve obedecer à urgência. Esse assunto não tem por que nós votarmos neste ano. O município não vai ganhar nem perder se nós votarmos agora ou em fevereiro. É a mesma coisa

Então, esse processo tem que se incluir naquela relação que nós situamos no início da Legislatura. Coisas que foram encaminhados, projetos que foram encaminhados para a Casa depois de 15 de novembro, esta Casa não pode ter a responsabilidade de examiná-lo, salvo em situações ultra-excepcionais, que não é o caso. Esse Projeto poderia ter vindo em março para Casa em abril, maio, junho, julho, agosto. Está pronto há um ano. É igualzinho ao outro que tramitou aqui. Mandaram agora.

Vou apelar aos colegas. Esse Projeto não tem a menor razão de ser discutido em regime de urgência e votado ao atropelo do final do ano Legislativo. Pode muito bem ficar para o ano que vem.

O meu apelo aos companheiros, indistintamente de Bancadas. Essa urgência não dá para aprovar. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal o Requerimento que solicita urgência na apreciação do PLE nº 57/97. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por 14 votos SIM, 10 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES (Requerimento): Nós gostaríamos de apresentar uma ordem para a discussão e votação dos Projetos, acordada entre Lideranças.

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, nós vamos votar, primeiramente, os Requerimentos e, logo em seguida, submeteremos sua proposta à aprovação.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Guilherme Barbosa - Moção de Apoio à Associação Nacional dos Servidores Municipais de Saneamento.

O Ver. Clovis Ilgenfritz solicita Licença para Tratamento de Interesses Particulares, no dia de hoje.

 

(Obs.: Foi aprovado o Requerimento de licença do Ver. Clovis Ilgenfritz e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para encaminhar o Requerimento de sua autoria.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, já me referi a este assunto em outra ocasião e quero chamar a atenção da Câmara de Vereadores para a importância do assunto de que esta Moção trata. Na década de 70, ainda com o Governo Militar, o Governo Federal estruturou o PLANASA - Plano Nacional de Saneamento, e determinou, obrigou que em cada estado houvesse apenas uma entidade de saneamento. Foi nessa época que surgiram todas as empresas estaduais de saneamento do País. Vários municípios resistiram a essa determinação, e são 1200, 1330 municípios no Brasil. Porto Alegre reagiu a essa determinação, numa mobilização conjunta dos funcionários do DMAE, da Câmara de Vereadores e da própria população de Porto Alegre, não se passou o serviço de saneamento da Cidade para a CORSAN, de tal maneira que nós somos, hoje, a única Capital do País que tem o seu próprio serviço de saneamento. Essa medida foi correta, apesar de que, nos primeiros momentos, passou-se muitas dificuldades, porque o Governo Federal não repassou qualquer financiamento para esses municípios que se rebelaram contra aquela determinação. Mas os órgãos aprenderam a andar com suas próprias pernas, de tal forma que, atualmente, na média, os serviços municipais de saneamento prestam serviços melhores do que a média dos serviços prestados pelas empresas estaduais de saneamento no Brasil.

Agora, que o Governo Federal pretende privatizar o saneamento haveria uma dificuldade legal, porque é o município o detentor da concessão; o município é o poder concedente, e, portanto, não adiantaria privatizar as empresas estaduais, pois a decisão final seria do município. Ele é quem iria dizer se passaria o seu serviço para uma empresa privada ou não. Havia esse empecilho, mas o Senador José Serra, nessa mesma linha, apresentou um Projeto no Senado Federal, que é o Projeto de Lei nº 266, que infelizmente já foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que retira o poder concedente do município e o passa para os estados. Nós não podemos aceitar, de forma nenhuma, esse retrocesso. É, inclusive, um caminho contrário que o próprio Governo Federal trilha. Ele municipaliza a saúde, com o nosso apoio, ele pretende municipalizar a educação, pretende municipalizar ações de políticas sociais e, ao mesmo tempo, faz o caminho inverso no caso do saneamento, porque pretende privatizar o setor de saneamento e só dessa forma conseguiria. Então, a Associação Nacional dos Municípios, que tem seu próprio serviço de saneamento, a chamada ASSEMAE, que neste momento tem a Presidência do Diretor Dieter Wartchow, está fazendo um movimento nacional para ver se esse Projeto não é aprovado. Esta Câmara não pode ficar calada, não pode ficar passiva neste momento, porque Porto Alegre tem uma história importante. Nós temos o maior serviço de saneamento do País. Temos uma das melhores cidades atendidas em saneamento do País, e isso é uma questão do Município. Nós não podemos abrir mão dessa prioridade, dessa prerrogativa.

Portanto, Srs. Vereadores, além de pedir o voto, é preciso que haja um movimento desta Câmara, da mesma forma como aconteceu na década de 70, para que isso não ocorra, porque, senão, nós corremos o risco de perder a autonomia municipal no setor de saneamento. E isso é inadmissível. A história de Porto Alegre mostrou que esse é o caminho, porque nós temos um dos melhores serviços de saneamento do País, nós temos um dos maiores percentuais de abastecimento de água tratada.

Eu peço o voto dos Srs. Vereadores a esta moção, para nós nos prepararmos para uma nova mobilização, que tem que ser rápida. muito obrigado.

 

(Não revisto apelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Guilherme Barbosa, que solicita Moção de Apoio à Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento. Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO contra o voto do Ver. Gilberto Batista

Eu solicito que a Taquigrafia registre que no Requerimento do Ver. Cláudio Sebenelo, relativamente à invasão do gabinete do Ministro da Reforma Agrária, o Ver. Cyro Martini também votou contra.

Apregoamos a Emenda nº 04 ao PLCL nº 004/97, de autoria do Ver. Carlos Garcia.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão na ordem dos trabalhos. Em primeiro lugar o Projeto referente a saúde, PLE nº 054/97; em segundo PLE nº 027/97; terceiro, PLL nº 1833/97; PLE nº 201/97; PR nº 034/97; PLL nº 006/97; PLCL nº 024/97; PLL nº 202/97, e aí voltamos à ordem apresentada no espelho.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO (Requerimento): Retirado da ordem o PLCL nº 024/97 e passa a ser o último.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente, eu penso que não há necessidade de contrapor um Requerimento a outro, então, após o PLL nº 006/97 incluiremos o PLCL nº 024/97.

 

O SR. PRESIDENTE: Transformados os dois Requerimentos num só, nós votaremos: PLE nº 054/97, PLE nº 027/97, PLCL nº 019/97, PLL nº 183/97, PLL nº 201/97, PLL nº 202/97, PR nº 034/97, PLL nº 006/97 e PLCL nº 024/97.

Em votação o Requerimento do Ver. Renato Guimarães adendado pelo Ver. Cláudio Sebenelo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1200/97 -  PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 054/97, de autoria do Ver. Hélio Corbellini, que cria o Balanço Social das empresas estabelecidas no âmbito do Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emendas nºs 01, 02, 03 e 04.

 

Pareceres

- da CCJ. Relator Ver. João Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01, 02, 03 e 04.

     

Observações:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 054/97. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a chamada.)

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Eu gostaria de encaminhar, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE: Eu indefiro porque estamos no período de votação.

Enquanto o Sr. Secretário apura os votos, passo a palavra ao Ver. João Dib que a solicitou durante o escrutínio.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr Presidente, Srs. Vereadores, estou comunicando à Casa que estou me retirando para a Av. Loureiro da Silva, 1865, onde a violência que acreditei que pudesse acontecer, está acontecendo. A Prefeitura está com máquinas demolindo, não sei exatamente o quê. Parece que demoliu um prédio, cercas; hoje de manhã, quis cortar a água.

Então, eu acho que justiça existe e deve ser examinada e eu vou lá olhar.

 

O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLE nº 054/97 por 26 votos SIM e 2 votos NÃO.

Em votação a Mensagem Retificativa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que estiverem de acordo permaneçam como estão. (Pausa.) APROVADA.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO (Questão de Ordem): Pensamos exatamente o contrário sobre a falta de organização que o Sr. Presidente comentou, já que, segundos antes de uma leitura muito rápida havia sido invertida a ordem dos trabalhos, sendo impossível continuar no pequeno espaço de tempo que havia. É inaceitável que não tenha sido deferido um pedido de uma matéria da maior importância.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Questão de Ordem): Falo em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, já que o Ver. João Dib fez referências, sem nenhum dado, a uma desocupação que está ocorrendo com uma ação judicial da Prefeitura. Deixo claro que essa questão já passou pelas mãos de Desembargadores e todos os preceitos legais foram realizados, não havendo nenhuma arbitrariedade como quis intuir o referido Vereador.

A Mesa está agindo corretamente de acordo com o Regimento da Casa no que se refere à votação.

 

O SR. PRESIDENTE: Com relação ao Regimento, nós cometemos dois equívocos: primeiro, em ter concedido ao Ver. João Dib a manifestação; segundo, em ter concedido a palavra a V. Exa.

 

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 3107/97 -  PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 183/97, de autoria do Ver. Pedro Américo Leal, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Salvato Vila Verde Pires Trigo.

 

Parecer

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - Art. 82, § 2º, IV, da LOM;

- votação nominal nos termos do Art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 183/97. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 29 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2004/97 -  PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 027/97, que autoriza, na forma do art. 12, inciso I, da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, a permuta de próprio municipal situado na Rua Marcelo Gama, fundos do nº 478 da Rua Germano Petersen Júnior, por imóvel de particular, localizado na Rua Marcelo Gama nº 1135.

 

Pareceres

- da CCJ. Relator Ver. João Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Antônio Losada: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 027/97. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com votos contrários dos Vereadores Cláudio Sebenelo e Gilberto Batista.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO: (Lê Emendas e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLL nº 006/97 - Proc. nº 0482/97.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2545/97 -  PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 019/97, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que dispõe sobre a permissão de uso de recuo e do passeio público, fronteiro a bares, restaurantes, lanchonetes e assemelhados, para colocação de toldos, mesas e cadeiras, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLCL nº 019/97, Processo nº 2545/97.

O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra, para discutir.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, encaminhamos uma emenda, que deverá ser, logo a seguir, distribuída aos Srs. Vereadores, quanto a este Projeto do Ver. Reginaldo Pujol, que me parece importante e que vem regularizar uma situação que se encontra, lamentavelmente, até hoje sem uma solução adequada.

O Projeto se torna positivo nesse sentido, só que nós buscamos colocar no art. 1º, nesta permissão que é dada a bares, confeitarias, restaurantes, lanchonetes de usarem o recuo do passeio frontal do estabelecimento, que onde existam edifícios tenha que haver, logicamente, autorização do condomínio, e não só do síndico, mas de uma assembléia geral realizada pelos condôminos. Porque essa é uma situação muito comum, que ocorre em edifícios que, simplesmente, são transformados em áreas de insuportável localização para as pessoas que querem ali morar. Quando os edifícios são construídos, muitas vezes se fazem salas comerciais no térreo, e, de repente, aquilo que tem uma previsão passa a ser outra coisa. A pessoa adquire um imóvel e se vê envolvida. Já presenciei várias situações, como advogado, já enfrentei situações desse tipo em condomínios, de moradores se verem de frente a um estabelecimento comercial, o que prejudica.

Se é na frente de uma casa, o proprietário locou a casa, tudo bem, mas num edifício de apartamentos é impossível que se possa admitir esse tipo de atividade sem a autorização da assembléia-geral dos moradores.

Atuei recentemente num caso, não aqui em Porto Alegre, em que o estabelecimento comercial teve que reverter a decisão de colocar mesas na frente porque os moradores foram à Justiça e acabaram conseguindo preservar o direito de sossego, de tranqüilidade.

Aqueles edifícios residenciais ou mesmo comerciais que permitirem que se coloquem mesas na frente, na área prevista no projeto, tudo bem. Caso contrário, logicamente tem que haver a autorização do condomínio, dos condôminos, para que haja solução.

Em Porto Alegre, dou um exemplo, o Adaucto não deve esquecer jamais. Há uma banca de revistas ali no passeio, na Salgado Filho, quase esquina com a Vigário José Inácio. Já pedi e vou pedir de novo à Bancada petista da Casa. O Vice-Prefeito Fortunati se diz muito ligado à colônia italiana. Ali tem um italiano, o pobre do Laitano, que paga o ônus de ser meu amigo, e que, desde o ano passado pede para que se afaste uma banca de revistas 5m à frente da loja dele. Ele não tem direito a ter a sua loja vista pelo público, na própria Salgado Filho. Todos devem conhecer. Mas, como ele tem o ônus de ser meu amigo, desde o ano passado que ele pede para que afaste uma banca de revistas cinco metros da frente da loja dele. Ele não tem o direito de ter a loja vista pelo público, ali na Salgado Filho.

Agora, como ele tem o ônus de ser meu amigo não consegue fazer com que a Secretaria Municipal da Indústria e Comércio resolva o problema.

Isso é muito ruim. Eu já pedi ao Prefeito Raul Pont, ao nosso amigo Adaucto, à Liderança da Bancada do Governo, ao Vice-Prefeito Fortunati. Pedi a todo o mundo mas não adianta, porque simplesmente perseguem o pobre do Laitano. Ele tem muito prejuízo, pois é época de Natal e a loja dele está escondida atrás de uma banca de revista.

Então, Senhores Vereadores, essas coisas para acontecerem têm que ter autorização do condomínio, caso contrário se penalizariam pessoas que são contribuintes corretos e que pagam os seus impostos religiosamente. Muito Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o Projeto.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, este Projeto de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, eu diria que é um bom Projeto, pois vem regrar uma realidade fática existente na Cidade de Porto Alegre que é, exatamente, o aproveitamento da área frontal dos bares, em especial, para colocação de mesas e cadeiras, na calçada, no verão.

Olha, eu creio que é um Projeto extremamente popular, do gosto das pessoas. Como é bom ir a um bar e sentar-se ali na calçada nessas noites belas de verão, pois as noites de verão do Rio Grande do Sul são sempre belas. Não podemos esquecer que o povo quem cria essas realidades.

Os proprietários que, via de regra, são de pequenos estabelecimentos, que abrigam as pessoas que chegam, sentam -alguns até em caixinhas - para tomar o seu refrigerante, a sua cerveja, bater um papinho amigo, isso é do povo, é da nossa natureza. Eu freqüento os bares da nossa Cidade, os botequins, como se chamam, Ver. Lauro Hagemann. Inclusive na Zona Norte temos bastantes, é extremamente agradável. Eu tenho dito que o bar é uma instituição nacional, para não falar nos restaurantes; muitas vezes, as pessoas se conhecem no bar. Por exemplo, nas áreas onde existem residências horizontais, as pessoas se comunicam mais, mas, na Cidade, com as construções de edifício, muitas vezes as pessoas não se conhecem e vão se conhecer no bar tomando o seu martelinho - é uma realidade, isso é cultura -; tomando a sua cerveja, o seu refrigerante, o seu chopp, aquilo é uma beleza.

 

A Sra. Tereza Franco: Permite-me um aparte? (Assentimento do orador.) Não podemos esquecer do pagodinho.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Exatamente, faltou. O pagodinho faz parte da nossa cultura, ali se reúnem os amigos. Eu diria que é um Projeto popular alegre. Estive visitando uma cidade do interior em campanha política - evidentemente, postulo, Ver. Pedro Américo Leal, uma deputação federal e estou andando pelo interior. Chamou-me atenção a Cidade Três de Maio, todos os bares e restaurantes estão com toldos, mesas e povo na rua. Na Princesa Isabel, em Viamão, à noite, aquilo está tomado por pessoas conversando, divertindo-se, é uma alegria, uma coisa fantástica. Isso faz parte da nossa cultura, dos nossos hábitos. Por isso, defendo o Projeto, que considero importante e interessantíssimo, inclusive estabelece: "A instalação do mobiliário nos passeios não poderá bloquear, obstruir ou dificultar o acesso de veículos, o livre trânsito", etc. O que tem que fazer é exatamente isso, não se pode obstruir a passagem das pessoas, não se pode criar problemas, e o Projeto tem esse grande mérito, de criar esse instrumento legal e, por outro lado, regula uma situação que é motivo permanente de conflito na Cidade. Trata-se de um bom projeto e temos que aprová-lo, porque traz alegria para a Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Barbosa): O Ver. Carlos Garcia está com a palavra para discutir o PLCL nº 019/97.

 

O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, primeiramente gostaríamos de parabenizar o Ver. Reginaldo Pujol por sua iniciativa. É um Projeto dentro do espírito que abordou o Ver. Elói Guimarães. Nesta época de verão é um Projeto que oportuniza a confraterniza ao mesmo tempo temos algumas preocupações. Por exemplo: não pode ser qualquer calçada; por isso, colocamos um limitador: que sejam calçadas de no mínimo quatro metros, e colocamos também que deve ser respeitada a faixa mínima de um metro e meio para permitir o livre e seguro trânsito de pedestres. Até porque, quando o Ver. Elói Guimarães levantou a questão da confraternização entre as pessoas, a Vera. Tereza Franco lembrou o pagode, temos que lembrar que existem os transeuntes que andam de bar em bar para ver onde está a melhor localização. E é por isso que tivemos o cuidado de preservar um metro e meio, porque as pessoas, em vez de caminharem nas calçadas, irão caminhar na rua, e rua é pista de rolamento. Então, a intenção é simplesmente de resguardar, fazendo com que as pessoas possam transitar livremente, se confraternizarem.

Parabéns pela iniciativa, Ver. Reginaldo Pujol, porque é um Projeto aparentemente simples, mas tem utilidade muito grande e um efeito social que vai trazer a confraternização entre as pessoas no seu dia-a-dia, principalmente nesta época de verão. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Gilberto Batista está com a palavra para discutir.

 

O SR. GILBERTO BATISTA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ocupo esta tribuna rapidamente para discutir a matéria e também para parabenizar o meu colega de Bancada, Ver. Reginaldo Pujol, pela sua brilhante iniciativa a respeito do problema enfrentado, conforme o ex-Secretário da Indústria e Comércio, Nereu D'Ávila, pelos bares, lancherias e confeitarias na colocação de mesas nas calçadas.

Esse Projeto brinda a esses bares, restaurantes, lancherias e confeitarias - segundo o Ver. Elói Guimarães, na Zona Norte tem um grande número de botecos, onde V. Exa. vai, eu vou e muitos daqui vão para tomar uma cerveja, escutar um samba e compartilhar com os amigos, ao ar livre, as noites agradáveis aqui em Porto Alegre. No Rio de Janeiro, por exemplo, a maioria dos bares e lancherias de Copacabana fica ao ar livre, possibilitando, aos freqüentadores, conversarem tranqüilamente.

Quero ressaltar, também, a Emenda do Ver. Jocelin Azambuja, que contempla a autorização dos condomínios. É importante para não haver nenhum tipo de problema justamente com essas pessoas. É de vital importância essa Emenda que diz que o estabelecimento especificado no caput, localizado na parte térrea dos edifícios, terá que ter autorização do condomínio. Parabéns, Vereador. É uma medida acertada; deve haver união entre o proprietário do bar e o condomínio, para que a atividade comercial possa ser exercida com tranqüilidade.

O Ver. Cláudio Sebenelo levantou uma preocupação no sentido da segurança desses bares, devido ao nosso trânsito caótico, que causa muitos acidentes de carros. É louvável essa preocupação e eu solicito ao Vereador que sugira alguma emenda para evitar que ocorra algum problema mais grave com os usuários desses bares. Quero parabenizar novamente o Ver. Reginaldo Pujol e acredito que a Casa, num consenso, vai votar favoravelmente ao Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Encerrada a discussão. Em votação. O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para encaminhar o PLCL nº 019/97.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. Reginaldo Pujol deseja legislar e disciplinar alguma coisa da prática popular. Duvido muito que ele consiga, mas estou com ele, vou votar com ele.

Como é possível se legislar sobre passeio público, sobre os costumes do povo, sobre as andanças da noite, sobre os prazeres da população. Como é que a Prefeitura vai se pronunciar? Como é que a Prefeitura, através da sua Secretaria especializada, vai fazer cumprir este Projeto de Lei do Ver. Reginaldo Pujol. É tão importante que eu pensei que alguma coisa já houvesse a este respeito. Não me atrevi, jamais, em pensar em fazer, também eu, um Projeto de Lei que possibilitasse o trânsito da população com muito mais facilidade por essas calçadas obstruídas pelas mesas em verdadeira alegria da noite. Como é que o Ver. Reginaldo Pujol irá realizar essa façanha? Mas está feito o Projeto. Está, agora, entregue à Prefeitura e o Ver. Gerson Almeida, Líder do PT, deve responder: como a Prefeitura vai fazer isto? Vai ser letra morta? Vamos continuar conquistá-la, tentar passar por uma calçada obstruída por mesas? Este Projeto é um desafio à Prefeitura, e ela terá que responder. Eu, de minha parte, estou com o Ver. Reginaldo Pujol, até eu o invejo, admiro-o pela praticidade que deu a essa proposição. Acho que é muito importante, tão importante que nunca me ocorreu isso. Acho que oferece uma legislação qualquer, que era continuamente desobedecida, dia e noite, pela população de Porto Alegre e que continua.

O Ver. Reginaldo Pujol foi feliz, mas tenho essa indagação: como a Prefeitura vai fazer a observância do Ver.Reginaldo Pujol. Quero ver, V. Exa. tem boa-vontade, já está sem casaco - foi quem oficializou a retirada do casaco - não com a minha conivência -, quero fazer como V. Exa. vai sai desse impasse. V. Exa. vai legislar. A Prefeitura vai cumprir? é o que pergunto a V. Exa. Quero ver. Muito obrigado.

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Quando alguém quer brigar tira o casaco, tira os óculos. O que quero, simplesmente, Ver. Pedro Américo Leal, não ficar submetido a essa tortura que V. Exa. está submetido neste momento - usando o lenço para enxugar o suor - face à circunstância, absolutamente, técnica, diz respeito ao sistema elétrico, desde ontem, estamos com o ar condicionado funcionando de forma irregular. No presente momento, até mesmo os gabinetes dos Vereadores estão comprometidos, grande parte dos computadores não estão funcionando, o que é uma emergência. Nesta emergência o Ver. Paulo Brum - no uso da Presidência - sabiamente concedeu e proporcionou-nos a retirada do paletó, o que, regimentalmente, deveríamos estar usando, não fosse essa circunstância.

Mas o Projeto de Lei que apresentamos foi sabiamente defendido por V. Exa. Quero lhe agradecer, porque V. Exa. sempre tem tido, com relação às minhas propostas, essa competência de explicá-la pelo lado mais objetivo. Esse seu misto intelectual de psicólogo, professor, lhe dá essa didática especial. V. Exa. liquida o assunto, quando desse que esse assunto já era regrado.

Hoje o que existe é que somos submetidos aos humores dos dirigentes do município, do Secretário Municipal de Produção, Indústria e Comércio, que no verão autoriza ou não autoriza que se coloque as mesas na via pública, os toldos são objetos de polêmica imensa.

Então, mais do que colocar a Mesa, nós estamos pretendendo é exatamente aquele recuo, inclusive aquele fisicamente, que não tem a menor condição de trânsito possa ser utilizado como já vem sendo, de forma regular, autorizado pela lei, e não através de outros mecanismos, nem sempre os mais corretos.

Acho que o Ver. Carlos Garcia trouxe uma contribuição muito boa para o Projeto. Eu pensava que tinha escrito claro, mas o Ver. Carlos Garcia com mais sabedoria, através de uma Emenda, clareia por inteiro a necessidade de se estabelecer a garantia da circulação dos pedestres que são os donos do passeio.

Quero saudar a Emenda do Ver. Carlos Garcia. Com relação à Emenda do Ver. Jocelin Azambuja, em que pese eu ter alguma dúvida com relação a nós colocarmos essa obrigatoriedade, comprometendo inclusive o síndico, eu fui alertado pela Vera. Maria do Rosário que com relação às bancas de jornais e de revistas, por norma administrativa da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio, os síndicos já são ouvidos nessas ocasiões.

Então, seria até de se remeter a regulamentação, mas eu não vejo nada na sua Emenda que possa prejudicar o Projeto nem os seus objetivos, nem tampouco quero estabelecer que proprietários de bar e síndicos de edifício em condomínio geral tenham algum tipo de conflito. Fico com uma pequena dúvida quanto a nossa competência de legislar, mas quanto à matéria de fato não vejo inconvenientes. E de qualquer sorte, nós teremos que, como é uma Emenda que surgiu agora, no último momento, não pode ser analisada mais profundamente, sob o ponto de vista formal, técnico e jurídico, ela vai correr o risco de poder conter alguma ilegalidade, o que não afirmo que tenha, tenho apenas dúvida quanto a isso.

No resto, quero agradecer aos inúmeros apoios que surgiram ao Projeto de Lei que decorre. Quero fazer aqui uma homenagem ao trabalho da minha assessoria técnica que, vivenciando o problema, nos inspirou na apresentação do Projeto de Lei. Nós somos apenas o artífice de uma reivindicação de vários proprietários de bares que fizeram-na chegar até aos nossos assessores , a qual subscrevemos a resposta, sendo acolhida por toda a Casa. Tanto que em todas as Comissões por onde transitou o Projeto, aprovaram a proposição e o fizeram de forma unânime. Então, eu agradeço antecipadamente ao que me parece ser uma aprovação certa que se deseja ao Projeto de Lei. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Nereu D'Ávila está com a palavra para encaminhar o PLCL nº 019/97.

 

O SR. NEREU D'ÁVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu tenho, pelo Ver. Reginaldo Pujol, um respeito muito antigo pela sua atuação destacada e com iniciativas extremamente proveitosas para a Cidade. Só que, às vezes, o Ver. Reginaldo Pujol, na ânsia de dar cobertura aos mais variados setores da Cidade, peca, talvez por não avaliar os resultados de algumas iniciativas.

Eu, ontem, não discuti, até para não criar problema com o projeto de V. Exa. em relação às linhas de lotação. Mas, de qualquer modo, senti na discussão que se tratava de problema com que a própria Prefeitura está preocupada. Então, levantou um problema que talvez seja contornado pela própria Prefeitura, mas atendendo o pensamento do Vereador, da necessidade de ampliação das lotações, pelo menos a discussão serviu para isso.

Mas, quanto a este dos bares, em princípio sou favorável a iniciativa do Vereador, só tenho dúvidas em relação a aplicabilidade na Cidade de Porto Alegre, porque quando fui Secretário da Indústria e Comércio vi como as pessoas desrespeitam, na ânsia de comercializar, as posturas e as leis municipais.

Então, hoje são as Vans e as Towner que estão na moda, discutimos e aprovamos nesta Casa. Há dez anos quando fui Secretário da Indústria e Comércio, em 1987 e 1988 eram os trailers. O que havia com eles? Tem pneus e eram ambulantes, como as Vans, para ambular, que significa circular. E o que se via e se viu há dez anos, somente agora a Justiça contemporizando, se viu a invasão de praças que ao povo pertencem, são de uso comum do povo, tirando os pneus e ficando comércio localizado, competindo com quem pagava o imposto logo adiante, inclusive, com mesinhas nas calçadas interrompendo a livre circulação.

Essa foi a realidade dos fatos. E a Prefeitura agora - elogio o PT nesta parte - conseguiu na Justiça retirar trailer por trailer, devolvendo a praça a quem é o dono da praça o povo, "como o céu é do condor", diz o poeta.

Só ali perto do Grêmio tinham 4 ou 5 trailers num logradouro que hoje está livre, e a população está lá, feliz ao término da tarde, usufruindo aquela praça que foi privatizada, sem pagar imposto durante mais de dez anos, para auferir lucros para 2, 3, 5 pessoas, ao arrepio, e contra a lei municipal.

Então, creio que legalizar este tipo de situação será colocar graxa em fucinho de cachorro, ou seja, institucionalizar que nas calçadas vai valer tudo. E essa emenda de 1,5 m, com a educação que sabemos que, infelizmente sabemos que todos nós somos deficientes, jamais será obedecida. Já não é agora.

Temo que estejamos criando problema ao invés de solucionar o problema. Porque nos locais em que é possível a colocação de mesas, a Prefeitura está concedendo. E naqueles que colocam à revelia a fiscalização vai lá e acaba o entendimento. Agora, fixar isso em lei, eu tenho as minhas dúvidas. De qualquer forma, não serei eu a encaminhar contra o Projeto, já que eu vi o entusiasmo de alguns Vereadores, com bar, pagode, com outro tipo de coisas que não têm nada a ver com a circulação livre do pedestre, que são apenas questões etílicas. Mas eu tenho as minhas dúvidas, os meus temores em relação à ordem e à disciplina da Cidade. Portanto, eu em nome do conhecimento que tenho das situações que vão ser criadas, vou me abster em homenagem ao meu querido amigo Reginaldo Pujol, para ver depois se, daqui a algum tempo, não teremos que revogar a Lei. Tomara que dê tudo certo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal o PLCL nº 019/97. (Após a chamada.) APROVADO por 24 votos SIM; 2 votos NÃO e 5 ABSTENÇÕES..

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Sr. Presidente, eu peço que, dentro da Ordem do Dia, passemos para a discussão e votação do PLCL nº 24/97, no que tenho a concordância do autor, Ver. Fernando Záchia, e faríamos isso de imediato.

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador Pedro Ruas, faremos primeiro a votação das Emendas e, depois, colocaremos em votação o seu Requerimento.

Em votação a Emenda nº 1. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 2. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em Votação a Emenda nº 3. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o Requerimento do Ver. Pedro Ruas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Há um pedido de Tempo Especial do Ver. João Dib e a Mesa indefere. Ver. João Dib, segundo orientação da Diretoria Legislativa, não cabe Tempo Especial na Ordem do Dia. À tarde, nós teremos Sessão Ordinária e poderemos conceder esse Tempo Especial à V. Exa.

 

O SR. JOÃO DIB: Então, a Câmara vai fazer outra visita para os sem-terra, vai deixar os desabrigados, os violentados, para que possa fazer tudo certinho.

 

O SR. PRESIDENTE: Não está sendo registrado, Vereador.

 

O SR. JOÃO DIB: Não precisa, eu fico com o Regimento. Vão ter que me colocar para fora do Plenário. Parece-me que tirar as pessoas de dentro de casa, com violência, a Câmara não toma conhecimento. Mas foram 30 Vereadores que visitaram os sem-terra.            

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2992/97 -  PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 024/97, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que exclui o parágrafo único do art. 15 da Lei Complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992, com redação dada pela Lei Complementar nº 319, de 28 de abril de 1994, que institui o código de Edificações de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLCL nº 24/97, Processo nº 2992/97 de autoria do Ver. Fernando Záchia.

A Mesa quer informar ao Ver. Nereu D'Ávila que o Ver. Pedro Ruas entrou com um Requerimento solicitando que esse Processo fosse apreciado de imediato e foi aprovado pelo Plenário.

O Ver. João Dib está com a palavra para discutir.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Processo do Ver. Záchia altera a Lei Complementar nº 284 do Código de Edificações e eu quero falar em edificações. Edificações que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre estava demolindo, na Av. Loureiro Silva, 1865 com as pessoas ali dentro e sem que houvesse uma notificação judicial.

A pressa para a reintegração de posse é diferente daquela pressa que eles não têm ou dos obstáculos que eles colocam, quando aqueles que são invadidos têm uma decisão de reintegração de posse. Mas, é o Código de Edificações que está sendo modificado. Pode ser que modifiquem até os Vereadores que, em número de 30, foram visitar os sem-terras. Agora, os aquinhoados pela decisão prefeitoral, que colocou trator, que abriu valas nas ruas para que o meu DMAE, que eu amo tanto, cortasse a água, que derrubou o banheiro dos moradores por uma liminar - não era uma sentença restaram prejudicados. É uma Prefeitura que por uma liminar tomou o dinheiro dos municipários também, retroagindo a liminar e, quando caiu a liminar, não pagou os municipários.

Mas, é o Código de Edificações que está em discussão. E a Prefeitura parece que edifica certas coisas quando lhe interessa, mas faz a demolição. Eu falei com o Secretário de Obras antes de subir as escadas da Câmara para conversar com os moradores. Chegou lá uma certidão de sustação mas já estava demolida muita coisa, e o Regimento Interno diz que o Vereador não pode usar o Tempo Especial - não li isso no Regimento Interno, mas aceito a decisão da Diretoria Legislativa - para fazer a publicação de um fato urgente. Acho que a Câmara tem que buscar aqueles moradores que foram hoje lesados para ouvir aqui na primeira hora da tarde, antes que a Prefeitura continue fazendo demolição dentro do Código de Edificações. E não posso entender que isso venha ocorrendo numa Câmara que deslocou trinta Vereadores para atender os invasores de um prédio público, e não pode falar na Ordem do Dia de uma convocação extraordinária, mas é o Código de Edificações que está em jogo e que vai ser alterado. O que tem que alterar são as Secretarias do Município, especialmente a de Obras onde falei com o Secretário antes de me dirigir ao local e a sua insensibilidade, o seu ar-condicionado, os seus sanitários muito bem cuidados na SMOV permitiram que uma retroescavadeira derrubasse um sanitário de um pobre coitado que está lá a apenas quarenta anos e uma senhora saiu dali para o Pronto Socorro. Mas não pode usar na forma do Regimento Interno o artigo 94. E já tenho visto e ouvido o 94 sendo utilizado para uma série de comunicações graciosas, inclusive para comunicar invasões. E a Prefeitura , com o Código de Edificações, está usando da força, inclusive abrindo valas na calçada para cortar a água; água que estava com a conta paga. Mas é o Código de Edificações que está sendo votado no Projeto do Ver. Luiz Fernando Záchia, com o qual votarei, mas voto contra essa máfia que se instalou na Cidade e que violenta a população. Uma liminar, não foram notificados os interessados, mas já estava lá a máquina derrubando, já estava lá todo o poderio da Prefeitura. Mas por que não são fechados os buracos da Cidade? Não estão no Código de Edificações. E a Prefeitura que não notificou, teve pressa para derrubar o que ela não constrói. Há quarenta anos, as pessoas moram lá, têm documentos inclusive, mas de uma liminar, que não foi comunicada aos moradores, as máquinas deram a ciência. Espero que a Comissão de Direitos Humanos vá buscar aqueles moradores e os ouça para que se faça justiça.

 

O Sr. Cláudio Sebenelo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Essa é uma forma inconformada sua, minha e da população de Porto Alegre contra certos Secretários, uma forma de fazer política petista que está revolucionando o País.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Questão de Ordem): De acordo com o nosso Regimento é evidente que o tempo que está sendo usado agora é para discutir o Projeto da fl. 7. Está havendo uma situação diferenciada, inclusive com termos como máfia e outras questões, atacando diretamente o Poder Público Municipal, sem que esta Casa tenha os dados, e sem que o Vereador que está na tribuna tenha se preocupado em apresentar, esclarecer e dar as informações necessárias. Quando esse assunto estiver em debate e discussão eu vou me manifestar. É inadequado usar esse tipo de procedimento.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo inscreve-se e cede seu tempo ao Ver. João Dib. Apelo ao Ver. João Dib que se mantenha falando sobre o Processo em discussão.

 

A Sra. Maria do Rosário: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Com relação ao Projeto que está em discussão, não tenho posição favorável, já registrando, para poder fazer o debate do Projeto do Ver. Fernando Záchia. Esta Casa analisou essa matéria através de lei proposta pelo Ver. Pedro Ruas e, naquele momento, aprovamos essa legislação por achar importante. É preciso que exista a fiscalização do cumprimento da Lei.

Sobre a matéria que V. Exa. trouxe, eu quero dizer que no cargo de Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor estamos à disposição e buscaremos um contato com as famílias contando com a nossa estrutura que é pequena, mas queremos atender a todos em todos os momentos. Acho importante que V. Exa. esteja fazendo esse seu pronunciamento, e que esses pronunciamentos ocorram não só quando se trata de um momento da Prefeitura, porque os despejos são muito tristes, são muito difíceis, e nem sempre temos o conjunto dos Vereadores atentos a essa questão. O seu pronunciamento me sensibiliza muito, e esta Vereadora e a Comissão atuarão nesse caso como em todos os demais, solidários à comunidade e tentando esclarecer os fatos ao máximo. Cabe à Bancada Governista, que é a minha Bancada, esclarecer a situação; cabe à Comissão o atendimento à comunidade.

 

O SR. JOÃO DIB: Sou grato à Vereadora pelo aparte tranqüilo de V. Exa., e que enriquece o meu pronunciamento.

Estou tratando da Carta de Habitação do Projeto do Ver. Luiz Fernando Záchia, mas estou mais preocupado com a "desabitação" - se é que existe esse termo. "Desabitação" criada pela SMOV, que dá a Carta de Habitação, que derruba com a força e com as máquinas por uma simples liminar, aquela mesma liminar que é concedida aos fazendeiros que têm as suas terras invadidas, e o PT vai lá fazer discurso e pedir que seja sustada, que seja dado mais prazo. Mas o PT não dá prazo. O PT cumpre a liminar até para tirar o dinheiro dos municipários, retroagindo o efeito da liminar. Isso nem existe neste País. Mas o Ver. Luiz Fernando Záchia está preocupado, como está também o Ver. Pedro Ruas com a Carta de Habitação, e eu continuo preocupado com a "Carta da Desabitação". Foi sustada a medida, mas o Oficial de Justiça recebeu a Certidão, achou que tinha que ir no Tribunal, e foi. E eu acho que a Comissão de Defesa do Consumidor deve ir lá, porque eu não quero fazer propaganda em torno do fato, mas são pessoas que estão sendo violentadas, e essas pessoas deveriam ser trazidas, hoje, na primeira hora, na Comissão de Defesa do Consumidor para tratar da sua Carta de Habitação porque eles estão desabitando essa gente, tirando a oportunidade de habitar onde estavam há quarenta anos! E algumas áreas não são da Prefeitura. Temos que discutir. Mas a Prefeitura está preocupada com a Carta de Habitação, e a Câmara também está preocupada com a Carta de Habitação do Projeto do nobre e querido Vereador Luiz Fernando Záchia. Vou votar junto com o Vereador e espero que os meus companheiros de Bancada façam o mesmo. Mas me preocupa, Ver. Gerson Almeida, a desabitação, a desabitação daqueles que não têm a força para impedir a máquina. A desabitação que se faz, abrindo o passeio da Av. Loureiro da Silva, a Perimetral, para cortar a água de um pobre coitado, de uma Senhora de 66 anos, que saiu dali para o Pronto Socorro. Felizmente voltou com vida, graças a Deus não houve morte. Mas é a desabitação que me preocupa, não quero que haja uma Carta de desabitação, que eu espero, Sr. Ver. Líder do PT, que V. Exa., tão sensível, também vá lá olhar o que está acontecendo, ainda que, no meu entendimento, não haja risco, hoje à tarde.

Eu encerro, Srs. Vereadores, dizendo que vou votar favoravelmente ao Projeto do Ver. Luiz Fernando Záchia e vou votar pela habitação daqueles que estão na Loureiro da Silva, nº 1.865 e arredores. Saúde e paz. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLCL nº 024/97.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós temos uma situação das mais importantes a ser discutida neste momento e a ser votada. Para mim, esta situação tem um lado fácil e um lado difícil, Ver. Gerson Almeida.

O lado difícil é porque o Projeto é de autoria de um dos maiores amigos que tenho nesta Casa, que é o Ver. Luiz Fernando Záchia, um Vereador a quem muito respeito

Fácil, porque a matéria em discussão traz um aspecto que é uma luta da história da Câmara Municipal como é uma luta de todos aqueles que acreditam na moralidade pública e do setor privado. Em 1993, este Vereador, tomando conhecimento de estatísticas e levantamentos da Associação de Advogados Trabalhistas, da Associação dos Magistrados do Trabalho, AMATRA, e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, apresentou um projeto que estabelecia que para a concessão do Habite-se, Ver. Cláudio Sebenelo, havia a necessidade, Ver. Lauro Hagemann, da apresentação de Negativa de Débito junto à Previdência Social e Negativa de Débito Trabalhista em Dívida Trabalhista constituída por Execução.

Antes de apresentar o Projeto, tomei a cautela de verificar em cada entidade representativa desta Cidade, Ver. Jocelin Azambuja, o que era o seu entendimento e tive a honra e a satisfação de, através do Ver. Luiz Fernando Záchia, dileto amigo, conseguir uma audiência com o Ministro da Previdência, na época, o Sr. Antônio Britto, hoje, Governador do Estado, e recebi de sua Excelência, primeiro, um Parecer Técnico do Projeto aprovando-o, e, depois, uma carta datada de 02 de dezembro de 1993 onde o Ministro da Previdência, Ver. Gerson Almeida, diz o seguinte: "Sr. Vereador, receba os meus cumprimentos pela iniciativa de apresentação na Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre do Projeto de Lei que acrescenta parágrafo único ao art. 15 da Lei Complementar nº 284, Código de Edificações. Tal medida está de acordo com a política do Ministério da Previdência Social na busca de maior arrecadação e garantia dos direitos sociais da população. Desejo sucesso na votação do Projeto de Vossa Excelência. Cordialmente, Antônio Britto, Ministro de Estado."

Naquele período, tive a honra de ter 214 manifestações de apoio a este Projeto inclusive do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, inclusive do setor patronal, do SINDUSCON.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Nereu D'Ávila se inscreve e cede o seu tempo a V. Exa.

 

O SR. PEDRO RUAS: Agradeço ao Ver. Nereu D'Ávila. Tivemos, inclusive do Sindicato Patronal da Construção Civil, um elogio à legislação, então em vigor, desde 1994, no sentido de que moralizava o setor e deixava uma penalidade difícil, realmente, a não concessão da Carta de Habite-se, mas para quem? Para o inadimplente, para o empresário do ramo da construção civil que não pagava à Previdência ou que não quitava seus Débitos Trabalhistas já em Execução, Ver. Hélio Corbellini, na linha defendida por V. Exa. sempre, em 3 pronunciamentos que anotei, nesta Casa.

Este Projeto coloca, aliás, não é o Projeto, é uma lei em vigor há 3 anos, definitivamente, para todos nós, uma garantia de que quando a Prefeitura Municipal de Porto Alegre expeça uma Carta de Habite-se, expeça-a para uma empresa que tenha a sua dívida social quitada. Hoje, temos mais de 19 cidades do País, entre elas, 8 capitais com legislação idêntica, e Porto Alegre foi a pioneira, e Porto Alegre tem esse orgulho, Ver. Juarez Pinheiro, de ter na sua Legislação Complementar um regramento definitivamente ético e moral porque a Carta de Habite-se que é o único poder de pressão nessa área que o Município tem, ela só é concedida em Porto Alegre quando aquele empresário comprova por negativa da Previdência e do Tribunal Regional do Trabalho que está quite com as suas obrigações sociais. Recentemente, o Tribunal de Justiça do Estado, apreciando a matéria, discute a sua constitucionalidade. Ver. Pedro Américo Leal, que me honra com a sua atenção, quantas e quantas vezes, quantas e quantas vezes, legislações sociais importantes não são também questionadas pelo Tribunal, e mais tarde, no Supremo, temos a definição de que essa legislação importante - por seu aspecto social - deveria ser mantida, como tem sido mantida essa e copiada no Brasil inteiro. Quantas e quantas vezes? O maior problema tributário dos municípios é ir no Tribunal de Justiça. É ir no Tribunal de Justiça sim!

E para nós, Ver. Elói Guimarães, é importante, é imprescindível até, que Porto Alegre continue dando o exemplo da moralidade, da probidade administrativa, exigindo do setor privado, sim, que cumpra com as suas obrigações sociais mais importantes. A Previdência Social dos trabalhadores e os direitos trabalhistas desses trabalhadores, em dívida constituída e definitiva. Nós somos, Ver. Pedro Américo Leal, este exemplo. O Brasil inteiro elogia Porto Alegre nesse sentido, copia Porto Alegre, e nós temos que ter, isso sim, a manutenção de uma legislação que obrigue o cumprimento de obrigações. Não crie novas obrigações; exija o cumprimento daquelas que, historicamente, são descumpridas.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Exmo. Ver. Pedro Ruas, o seu discurso é dos mais importantes que esta Casa já ouviu. Pena é que todos não prestassem a atenção. É a profilaxia desse setor.

 

O SR. PEDRO RUAS: Agradeço a atenção e o aparte de V. Exa., e concluo, Sr. Presidente, dizendo que tenho apreço, amizade e admiração pelo Ver. Fernando Záchia, reconheço a importância do seu trabalho e reconheço mais, a sua visão diferenciada e o direito que ele tem a ela. Porém, encerro dizendo que a Câmara Municipal de Porto Alegre tem a obrigação de manter Porto Alegre na vanguarda de uma legislação moral e ética como esta que nós temos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Fernando Záchia está com a palavra para discutir o PLCL nº 24/97.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Ouvi atentamente o Ver. Pedro Ruas, com a atenção que merece, até por sua inteligência e competência, mas discordava do Vereador, ao final, quando ele dizia que este Vereador tem posição diferenciada em relação à sua.

Eu até não discuto, nobre Ver. Pedro Ruas, eu tenho uma posição pela legalidade. É isso que quero tentar explicar a V. Exa. e aos outros Vereadores. Quando esse Projeto tramitava na Casa - e V. Exa. bem disse - fomos juntos a Brasília para que o então Ministro, hoje Governador do Estado, pudesse colaborar na elaboração, na concepção dessa Lei.

Aquele era o momento. Não podemos desconhecer que, em 23.7.97, portanto, neste ano, a Lei nº 9476 muda completamente o que, na ocasião, existia, no aspecto federal. A legislação federal, naquele momento, quando fomos ao Ministro Antônio Britto, era totalmente diferente.

O que diz a Lei nº 9476 em seu art. 50? "Para fins de fiscalização do INSS, o município, por intermédio do órgão competente, fornecerá relação de alvarás para construção civil e documentos de habite-se concedidos." O que quer essa legislação? Essa é a preocupação do atual Secretário da SMOV, Sr. Estilac Xavier: que o Município forneça para o Instituto a relação das pessoas físicas e jurídicas que solicitaram alvará de construção ou a carta de habite-se; que o Município não tenha o poder para entregar esses documentos, de necessitar do CND, do certificado de quitação do INSS.

Até porque, Ver. Pedro Ruas, não podemos desconsiderar a condição de grande parte dessas empresas que estão fazendo - o que é legal - o parcelamento da dívida ativa. No momento em que se faz esse parcelamento, com prazo máximo de 96 meses, o INSS não fornece CND. Então, imaginamos que uma empresa constrói um prédio, que ela tenha uma dificuldade de uma dívida antiga no INSS, que ela se utiliza de algo legal, que é o parcelamento da sua dívida junto ao Instituto. O Instituto parcela e, para que ele dê aquele parcelamento, a empresa deixa um bem hipotecado para o INSS, só que essa empresa não recebe o Certificado Nacional de Quitação. Se não tiver em mãos o CND, não vai poder tirar o habite-se. Só vai receber o CND findo o prazo de até 96 meses. Aí vai conseguir o habite-se quando tiver sete ou oito anos o prédio. Então está se criando dificuldades. Com essa legislação federal, as empresas estão entrando na Justiça e estão conseguindo ganhar a causa. Pela desatualização que a Lei tem com a realidade do momento, está criando uma dificuldade para o Executivo Municipal, porque o Executivo está seguindo, apenas, o inciso I da Lei, o inciso II ele não está cumprindo.

Quanto ao inciso II, que fala da questão das leis trabalhistas, da certidão dos débitos trabalhistas, o Executivo tem um Acórdão de Ação Direta de Inconstitucionalidade. Há um e dois meses, a Prefeitura Municipal entrou na Justiça com uma Ação de Inconstitucionalidade para o inciso II.

Vejam, a Prefeitura não era contra o Projeto de V. Exa., aprovado por esta Casa, porque ela entrou na Justiça alegando inconstitucionalidade de parte da lei, o inciso II. Então a Prefeitura concordava com o inciso I e, naquela data, não existia a Lei Federal nº 10.4776, que é posterior, é de julho de 1997. Mas naquele momento, nas regras federais, o Executivo entendia da inconstitucionalidade do inciso II.

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, o Ver. Pedro Américo Leal se inscreve e cede o tempo a V. Exa.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Agradeço a V. Exa., Ver. Pedro Américo Leal, pela cedência do tempo. O inciso II diz que, para conseguir a carta de habite-se e o alvará de construção, necessita-se, também, de certidão negativa de pendência de Execução de Dívida Trabalhista junto ao fórum competente, inclusive, quanto às obrigações contratadas por terceiros.

Ora, eu votei com o Ver. Pedro Ruas, pois, naquele momento, a legislação federal era diferente. Entendo, assim como o Ver. Pedro Ruas, que era importante que as empresas construtoras apresentassem a certidão de Dívidas Trabalhistas em Execução. Solicito a atenção do Ver. Gerson Almeida, porque há alguma coisa que faz que este Vereador desconfie se existe um acordo que passa pelo desinteresse do Projeto. Acho que isso é maior que qualquer coisa, porque não posso compreender como o Executivo Municipal entra com uma Ação de Inconstituição, sustenta, mantém, o seu Secretário não aplica e a Bancada vota contrária aos interesses do Executivo. Não consegui entender, Ver. Gerson Almeida.

 

O Sr. Gerson Almeida: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Fernando Záchia, V. Exa. sabe muito bem, não é a primeira vez que os posicionamentos políticos da Bancada do Partido dos Trabalhadores, do Partido, dos membros da executiva colidem eventualmente com Legislação que estamos obrigados a cumprir. Agora isso, de forma alguma, nos impede de manifestar pública e claramente qual a posição política que temos, porque, como Executivo Municipal, naturalmente estamos obrigados a cumprir a Legislação que a nossa Bancada e setores populares muitas vezes lutam contra, Infelizmente, os setores conservadores ainda são maioria. Isso pode explicar essa suposta contradição.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: V. Exa. tem razão quando diz que os interesses políticos não podem obrigatoriamente colidir com os interesses de quem administra, mas não é, os interesses políticos estão colidindo com os interesses do Executivo. Se o Executivo não tivesse interesse político não teria entrado com Ação de Inconstitucionalidade. Se existe ação de inconstitucionalidade, votada, por unânime, em 2 de setembro de 1996, na visão deste político, que não é advogado, parece-me que não cabem recursos, porque a inconstitucionalidade refere-se à Constituição Estadual. A princípio, parece-me que existe uma divergência em relação ao Ver. Pedro Ruas, mas uma concordância com o Ver. Reginaldo Pujol, que também é advogado. Se existe essa Ação de Inconstitucionalidade, se foi aprovada por unanimidade, se o Executivo não está mais cumprindo a obrigação do inciso 2º, hoje, se entrar uma solicitação de uma carta habite-se, o Executivo Municipal não pede mais a certidão negativa de ações trabalhistas. Em relação ao inciso 1º, quando diz da necessidade da apresentação da CND do INSS, alertamos os Vereadores de que existe esta Legislação Federal com data posterior a essa Lei. Quero, Ver. Pedro Ruas, dizer a V. Exa. que este Vereador não tem objetivo de conflitar posições políticas, quero viabilizar que esta máquina administrativa possa funcionar. Não interessa a este Vereador fazer com que seja mantida uma irregularidade, na visão da Justiça, ou de uma lei superior que dificulte o funcionamento das coisas em Porto Alegre. Sabemos que hoje existe essa dificuldade de pessoas solicitando alvará de construção e carta de "habite-se", que não estão apresentando a documentação exigida, estão entrando na Justiça e estão conseguindo, depois de um processo judicial, que não sejam obrigados à apresentação desse documento. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em votação o PLCL nº 24/97, Proc. nº 2992/97. Por Requerimento do Ver. Pedro Ruas a votação será nominal. (Após a chamada.) REJEITADO, por 11 votos SIM, 19 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Alertamos os Srs. Vereadores para a existência de várias Emendas a Projetos constantes da Ordem do Dia, e também para a necessidade de que, ainda nesta Sessão, ocorra a suspensão dos trabalhos para a apreciação de vários relatórios conjuntos que condicionam até mesmo o andamento da Pauta e da Ordem do Dia na Sessão da tarde.

 

O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu sei que V. Exa., a essa altura dos acontecimentos, como toda a Mesa, estão às voltas com a quantidade de matéria que temos nesta Extraordinária. Nós já temos no relógio 12h30min e às 14h teremos a Sessão Ordinária. Perguntaria se o planejamento da Mesa é emendar esta Extraordinária com a Ordinária, para que possamo-nos planejar.

 

O SR. PRESIDENTE: Pela informação que estou recebendo, esta Extraordinária pode se desenrolar até às 13h30min.

 

O SR. PAULO BRUM (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro à Mesa que, ao vir ao Plenário, passemos imediatamente a apreciar os processos das folhas 20 e 21 e, depois, a ordem normal.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Paulo Brum. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver. José Valdir.

Apregoamos a Emenda nº 13, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, ao PLL nº 06/97 e a Emenda nº 05, de autoria do Ver. Gerson Almeida, ao PLCL nº 04/97.

(Lê Emendas encaminhadas à Mesa.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3616/97 -  PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 037/97, de autoria da Mesa Diretora, que cria cargo de Ajudante Legislativo II no Quadro dos Cargos Efetivos da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;

- dispensado de Parecer nos termos do art. 102, § 1º, do Regimento.

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em discussão o Projeto de Resolução nº 37/97, de autoria da Mesa Diretora. O Ver. João Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Agora mais tranqüilo, porque a Comissão de Direitos Humanos vai receber os moradores da Av. Loureiro da Silva, que deve estar se remoendo no túmulo para ver o que acontece.

Mas está absolutamente correta a Mesa da Câmara Municipal quando propõe um cargo de Ajudante Legislativo, tendo em vista que houve equívoco na aposentadoria de um dos servidores da Casa, que obrigou, por esta dúvida, que se fizesse o retorno do servidor à Casa quando já não havia mais vaga, pois havia sido preenchida por concurso.

Portanto, eu saúdo a Mesa da Câmara, dou meu voto favorável e espero que todos os Vereadores votem favoravelmente, sem nenhum problema, à matéria tão importante para o bom andamento dos serviços administrativos da Casa. Espero que um bom andamento seja também dado à questão dos moradores da Loureiro da Silva, que hoje foram violentados. Saúde e paz!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

       O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em votação nominal o Projeto de Resolução nº 037/97, Processo nº 3616/97 -, de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 18 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3659/97 -  PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 041/97, de autoria da Mesa Diretora, que reorganiza os serviços administrativos da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;

- dispensado de Parecer nos termos do art. 102, § 1º, do Regimento.

      

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o Projeto de Resolução nº 041/97. (Pausa.) Estão suspensos os trabalhos por 1 minuto.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 12h43min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 12h44min): Estão reabertos os trabalhos. Não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h45min.)

 

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